Via-me pequena, contando borboletas que sobrevoavam as flores do quintal.
Eram tantas! Diferentes cores e tamanhos. Mas, na mente, guardava as amarelas.
Recordo de sua luz, brilhante, confundindo-se com o calor vindo do sol.
Inconscientemente, misturava-me com seu esplendor.
Guardo aqui dentro, é a mais nobre das lembranças.
Eu não sei se foi o tempo, mas aquela fulgura sumiu.
Não existem mais tantas borboletas colorindo o céu.
Talvez seja eu.
Cresci e esqueci. Deixei de ser aquela pequena perante o simples.
Mas ainda existe o amarelo em mim, essa cor nunca me deixou.
Provavelmente está no fundo, escondida.
Entretanto, sempre me pego pensando nela.
Vai e volta. Reacende em forma de sorriso.
Provavelmente está no fundo, escondida.
Entretanto, sempre me pego pensando nela.
Vai e volta. Reacende em forma de sorriso.