O calor mantinha seu corpo aquecido, afogueado. O fogo queimava, ardia e, ainda sim, lhe fazia bem. Era a base de todo o controle humano. Causava torpor.
Mas mesmo com todo o seu interior acalorado, mesmo com o arrepio de pele e a exaltação descontrolada, continuava por escolher as grandes pedras de gelo. Aquelas frias, sem sentimentos, onde criara seu abrigo contra o ardor.
E permanecerá assim, amarrado entre boas e quentes sensações e a fria paz na consciência.
E continuará movendo-se entre semelhantes geleiras, em cada tentativa frustrada de fazer cessar a chama.
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